O barulho da água tocando chão me acalma, o tempo mais frio, embora tão gélido, me transparece acolhedor. Talvez seja a relação humana com a água, que me vem desde quando ainda nem respirava, no ventre materno, onde envolto em liquido eu residia, tranquilo. Sinto falta dessa tranquilidade, parece, que quanto mais a gente cresce, menos a gente evolui, porque se fôssemos tão evoluídos como dizemos ser, não teríamos tantas preocupações, e aproveitaríamos o que temos de melhor, a vida, tranquilamente, como um banho de chuva. Assim, o tempo, vilão atual, tornaríamos um aliado, e não haveria mais medo em perde-lo, porque perder tempo seria diversão sem consequências, sem medo de tudo que está programado, que nem foi você mesmo quem programou. É, talvez eu sinta falta disso. Liberdade. E olha que estou apenas iniciando o que chamam de vida adulta. E talvez ainda tenha muita coisa por vir, uma liberdade velada, hipócrita, ou a liberdade que todos almejam. Mas será mesmo que conseguiríamos ser livres estando juntos? Essa é uma das perguntas que me faço em busca de respostas, e acabo achando que liberdade está em sermos independentes. E me retorno a mesma pergunta de sempre, podemos ser livres, sozinhos? E a única resposta, talvez um tanto confusa, que me vem a cabeça, é que talvez a verdade, esteja lá fora. Na chuva.
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