Me peguei pensando, por que escrevo? No início sim, eu acho que procurava uns minutos de fama, agora, eu praticamente me desnudo em meio a palavras, perco o pudor, sou eu, somente eu, essencialmente. Quando leio algumas coisas e me recordo das emoções sentidas no momento da geração do texto, sinto até uma pontada de vergonha por expor meus sentimentos todos dessa maneira, é quase uma transa, em meio a maior avenida da cidade. No passado fui ruim, confesso, clichê, ainda sou um pouco, mas confesso também que me senti crescer, e acho que tenho um pouco de medo do que tenho me tornado, criei confusões deveras, amor, risadas, e até asco. Me inundei com um vocabulário novo, aprendi a conjugar a saudade, flexionei o destino e digo mais, interroguei a dúvida. Acho que agora, o que mais quero é me indagar, me descobrir, botar mesmo pra fora o que sinto, outrora terapia, agora divertimento. É bom reler o passado, assim, percebe-se o quanto se evoluiu, e se aprende que nada começa do cem, talvez do vinte. Bendito dia que criei "O Mundo de Math", glorioso dia que mudei para "Relicário Adolescente", e aguardo agora, o inesperado futuro, em meio a todos esses vocábulos travessos e desconcertados, que me seduzem até a última gota de prazer boêmio.
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