domingo, 12 de junho de 2011

Forever Young I Want To Be...


Estou com tanta saudade, saudade do teu beijo, da forma que a tua pele encosta na minha, dos teus trejeitos, de como você sorri quando me vê, e de cantar as nossas músicas juntos. Nunca pensei que eu fosse amar alguém assim, nunca pensei que fosse amar. Fiquei perdido durante tanto tampo nas minhas expectativas bobas, nos meus devaneios platônicos, eu dizia pra mim mesmo que tudo que eu queria era impossível. Obrigado por me mostrar que o impossível não existe. Apesar do tempo, e da distância, eu ainda me arrepio com a tua voz, ainda fico rindo sozinho quando penso em você, e sinto aquela coisa forte que me aperta o peito quando eu digo: "Eu te amo". Foi bom aprender com você que não precisamos ser perfeitos, quando somos especiais o suficiente um para o outro, e que ser bobo, não é algo necessariamente ruim. Estou tão feliz ao teu lado, e assim quero continuar enquanto viver. Sempre vou lembrar de ti quando nossa música tocar, sempre vou lembrar da nossa história, dos nossos segredos, de como tudo começou. Escrevo com lágrimas nos olhos, desejando ser eternamente jovem ao teu lado, desejando você esta noite. Foram tantas conversas, tantos caracteres trocados, tantos impulsos por fios de fibra ótica, tantas ondas de rádio... Me promete que ficaremos juntos? Estou tão embriagado de amor, que me perco na linha de raciocínio, só não quero me perder de você, nunca. Eu te amo, eternamente.

sábado, 11 de junho de 2011

kitsch


Era uma vez, um casarão, com paredes antigas, onde ostentavam com saudosismo velhas fotografias de tempos inglórios, em uma parede, o mofo espalhava-se acima da lareira, que mais parecia uma ponta de cigarro velha e queimada. Duas poltronas outrora escarlates, de tão antigas, encontravam-se numa cor que beirava o vinho e a ameixa, o azedume e a doçura. No teto, um lustre empoeirado, aranhas tecendo teias, e algumas traças distraídas. No meio da escuridão da sala, em uma podridão fétida e nauseabunda, pequenos mamíferos orelhudos disputavam o que sobrou do lugar, a decadência. Uma mancha vermelha e escura, estendia-se pelo chão até a cozinha antiga, onde panelas enormes perderam o brilho há séculos, e talheres retorcidos, estavam negros, pela oxidação do tempo. No andar de cima, tapetes rasgados, cortinas velhas e sujas, camas desforradas e espelhos quebrados, milhões de anos de azar. Aos fundos, a lua tecia em belos linhos de ceda negra, uma noite escura e misteriosa, que desabava como um lençol por sobre a casa abandonada, onde as estrelas cantavam, para ninar, um casarão quase adormecido.